João Pimenta

Falar da minha vivência com as plantas é como falar de mim. Desde miúdo sempre me prestei a ajudar no cuidado com os vasos e os jardins. Este bichinho foi-me introduzido pela minha mãe, quando me pedia apoio para juntamente com ela, reformularmos o jardim de casa ou para substituir a terra nos vasos das orquídeas ou dos sapatinhos, tarefas estas que me davam gozo executar.
E o mais engraçado disto era aperceber-me desta relação tão natural com as plantas. Isto é, semear e ver nascer, quando semeava e não nascia, interrogava-me porque é que não nasce? Teria de haver um motivo para tal, assim como ao efectuar um enxerto, porque é que não rebentava o garfo ou a borbulha? O segredo estaria na minha mão ou no pó de hormonas. E o que fazer quando não o temos?
Assim nasceu o gosto autodidacta provocado pelo prazer que me dava ao ver as flores crescerem e libertarem os seus aromas, por isso no meu “coração verde”, introduzi um breve apanhado breve da minha hortinha urbana, onde cultivo alecrim (Rosmarinus officinalis), poejo (Mentha pulegium), segurelha (Satureja montana), cebolinho (Allium), orégão (Origanum vulgare), manjericão (Ocimum basilicum), manjerona (Origanum majorana) e rabanetes(Raphanus sativus), e outros legumes, porque nem só de flores e seus aromas vive o homem, mas também de sabores.











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João Manuel de Freitas Pimenta, natural e residente na Madeira.
Actividade profissional: Sargento-Chefe da GNR, na situação de reserva.
Hobbies: Natação, teatro, fotografia, pintura e horticultura.