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Coração Verde é uma intervenção plástica, enquadrada nas comemorações da festa da flor de 2011, orientada para a reflexão do jardim enquanto objecto de estudo.
A exposição apresenta uma estrutura espiralada, de carácter escultórico, concebida por Sílvio Cró como uma macro-estrutura que sustenta doze pequenos jardins, desenvolvidos como um micro-cosmos ou um jardim-referência, por cada um dos seguintes criadores: António e Cristina Rodrigues; Bruno Côrte; David Francisco; Dina Pimenta e José Tolentino Mendonça; Esmeralda Meneses, João Pimenta; Manuel Rosa; Manuela Aranha; Martinho Mendes; Octávio Freitas; Sérgio Benedito e Suzana Fontinha.
Na génese deste projecto, os criadores provenientes de diversas áreas profissionais foram desafiados a responder criativamente às seguintes questões:
1 - De que forma um jardim privado e individual pode estar unido a tantos outros jardins circundantes, aparentemente díspares nas suas funções e configurações formais e temáticas?
2 - Que plantas e outros elementos apresentaria o jardim de cada um dos participantes?
3 - Que tipologia de jardim a eleger: botânico; selvagem; bíblico; etnobotânico: romântico; oriental; contemporâneo; insular… ou, simplesmente, a projeção simbólica e complexa do jardim interior de cada autor?
Os resultados aqui apresentamos falam-nos da ancestral e intemporal necessidade de relação do Homem com o meio natural e sublinha que a criação humana dos jardins depende, quase sempre, dos condicionalismos biofísicos e histórico-culturais.
A reunião dos pequenos jardins numa espiral única funciona como uma metáfora do ciclo da vida e remete-nos, ainda, para a necessidade de se estabelecer relações de sinergia e envolvimento comunitário, imprescindíveis à preservação, conservação e divulgação do património cultural, natural e artístico dos jardins, em sentido lato e, por inerência, à sensibilização para as questões de preservação ambiental, da ecologia e da biodiversidade.
Estes jardins de coração verde apresentam-se simultâneamente como espaços do conhecimento e do prazer; locais de fusão onde a referência miniaturizada à produção e conhecimento científico das plantas surge irmanada à dimensão estética, simbólica, lúdica e contemplativa da natureza.
O projecto engloba uma componente exterior. Trata-se do 'Jardim do Aeonium', uma escultura concebida na linha de valorização e apresentação da flora endémica da Madeira no jardim situado a norte do Palácio de São Lourenço.
O projecto engloba uma componente exterior. Trata-se do 'Jardim do Aeonium', uma escultura concebida na linha de valorização e apresentação da flora endémica da Madeira no jardim situado a norte do Palácio de São Lourenço.
Martinho Mendes
“Coração Verde” is an artistic intervention, included in Madeira’s Flower Festival 2011 commemorations, focused on the reflection of the garden as an object of study.
The exhibition presents a spiral structure, whether a sculpture, designed by Silvio Cró as a macro-structure that supports twelve small gardens, developed as a microcosmos or a reference garden, for each of the following designers: António and Cristina Rodrigues; Bruno Côrte; David Francisco; Dina Pimenta and José Tolentino Mendonça; Esmeralda Meneses, João Pimenta; Manuel Rosa; Manuela Aranha; Martinho Mendes; Octávio Freitas; Sérgio Benedito and Suzana Fontinha.
In the genesis of this project, the authors from various professional fields were challenged to respond creatively to the following questions:
1 - How can an individual and private garden be attached to many other surrounding gardens, seemingly diversified in their functions and settings and formal and thematic configurations?
2 - What plants and other elements could be presented in each of the participant’s gardens?
3 - Which type of garden to be elected: botanist; wild; biblical; ethno botanical, romantic, oriental, contemporary, enisled ... or simply a symbolic and complex projection of the interior garden of each author?
The results here presented, tell us about the ancient and timeless Human need to relate with the natural environment and emphasizes that the human creation of the garden almost exclusively depends on biophysical, historical and cultural constraints.
The small gardens are connected in a single spiral, working as a metaphor of life’s cycle that leads us to the necessity to establish connections of synergy and communitary involvement, essential for the preservation, conservation and promotion of our cultural heritage, of the natural and artistic gardens, to raise awareness to ecologic, biodiversity and environmental preservation issues.
The “Coração Verde” gardens are presented both as spaces of knowledge and pleasure; places of fusion where the miniaturized reference to production and scientific knowledge of plants comes twinned with the aesthetic dimension, symbolic, playful and contemplative of nature.
The exhibition presents a spiral structure, whether a sculpture, designed by Silvio Cró as a macro-structure that supports twelve small gardens, developed as a microcosmos or a reference garden, for each of the following designers: António and Cristina Rodrigues; Bruno Côrte; David Francisco; Dina Pimenta and José Tolentino Mendonça; Esmeralda Meneses, João Pimenta; Manuel Rosa; Manuela Aranha; Martinho Mendes; Octávio Freitas; Sérgio Benedito and Suzana Fontinha.
In the genesis of this project, the authors from various professional fields were challenged to respond creatively to the following questions:
1 - How can an individual and private garden be attached to many other surrounding gardens, seemingly diversified in their functions and settings and formal and thematic configurations?
2 - What plants and other elements could be presented in each of the participant’s gardens?
3 - Which type of garden to be elected: botanist; wild; biblical; ethno botanical, romantic, oriental, contemporary, enisled ... or simply a symbolic and complex projection of the interior garden of each author?
The results here presented, tell us about the ancient and timeless Human need to relate with the natural environment and emphasizes that the human creation of the garden almost exclusively depends on biophysical, historical and cultural constraints.
The small gardens are connected in a single spiral, working as a metaphor of life’s cycle that leads us to the necessity to establish connections of synergy and communitary involvement, essential for the preservation, conservation and promotion of our cultural heritage, of the natural and artistic gardens, to raise awareness to ecologic, biodiversity and environmental preservation issues.
The “Coração Verde” gardens are presented both as spaces of knowledge and pleasure; places of fusion where the miniaturized reference to production and scientific knowledge of plants comes twinned with the aesthetic dimension, symbolic, playful and contemplative of nature.
